Talento raro esse Benjamin Clementine. Ele é um dos grandes artistas da Inglaterra. Me refiro como artista e não apenas como músico, isso por seu profundo envolvimento com a arte. Ele é amplo, assim como sua voz.
Ainda bem jovem preferia ficar na biblioteca da escola ao invés de na sala aula. Lia filosofia, literatura, ciência e estabeleceu uma paixão por dicionários e vocabulário erudito. Um dia ganhou de seu irmão mais velho um teclado e o pequeno Clementine aprendeu a tocar o instrumento ouvindo a estação de rádio de músicas clássica, assim, de ouvido, imitando Erick Satie.
O piano é seu confidente.
Sem saber muito bem onde é seu lugar – no mundo e em si mesmo – foi para Paris aos 19 anos. Para quem tem sensibilidade na pele e arte nos olhos não existe lugar mais encantado do que Paris, mas a vida desafina meus amigos e Clementine viveu nas ruas.
Pés descalços.
Se juntou e começou a tocar nos metrôs de Paris, em alguns bares e eventos até ser descoberto. Hoje ele brilha.
Brilha, pés descalços.
Sua voz…
Tímido, se transforma quando canta, se expande.
Sua música é atemporal, dramática, lírica, poesia sofisticada e de gueto.
Fico feliz em poder trazer esse cara aqui hoje, depois de ter passado uma semana sem postar uma Quarta Sonora – acredito que a primeira vez em cinco anos – isso por que não tive internet por vários dias na semana passada.
Benjamim Clementine é minha redenção.
Em 2015 finalmente lançou o primeiro de seus álbuns – “At least for now“.
Só clicar na playlist abaixo para conferir.
Por enquanto e por todo sempre, Benjamim, pés descalços.
Saudações da Montanha.
Até semana que vem.
Página Oficial

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