Inspirado na história do grande amor entre um aristocrata e uma acrobata que vagavam de cidade em cidade apresentando os seus números circenses que Chico Buarque e Edu Lobo criaram a trilha para o espetáculo musical “O Grande Circo Místico”, em 1983.
O espetáculo narra saga de uma família austríaca proprietária do Grande Circo Knieps, que vagava pelo mundo nas primeiras décadas do século.
Pra entrar no mundo encantado: “Na carreira”.
Esse foi um disco muito importante para o despertar da sensibilidade artística de muitas pessoas. Da minha, inclusive.
Ainda adolescente, iniciei aulas de teatro para ajudar a me socializar melhor depois de ter me mudado de escola e cidade. Nunca havia me mudado de cidade e nem de escola e naquele momento eu ainda nem imaginava que o teatro iria ocupar minha vida pelos próximos 14 anos.
O groove de Tim Maia.
Nesse tempo, entre meus amigos de teatro, escutávamos “O Grande Circo Místico” durante as tardes enquanto discutíamos tragédias gregas e clássicos de Shakespeare e foi uma obra importantíssima para a construção lúdica de todos nós.

Está em temporada uma nova montagem do “Circo” o que resgatou a lembrança e motivou essa revisita aqui no QS.
Debaixo da lona tem Tim Maia, Gal Costa, Gil, Milton Nascimento, Zizi Posse, claro Chico e muito mais.
É um disco afetivo e vale, certamente, como uma grande referência da nossa arte, seja no teatro, circo, dança, poesia, ópera ou na música.
A versão de “Sobre todas as coisas” do Gil é uma das coisas mais lindas da MPB.
Evoé!
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