Nenhuma pessoa pode ser simples a não ser baseada na verdade, no mínimo vivendo em harmonia com a própria consciência e ideais. Simplicidade é a pura luz de uma vida de dentro pra fora, e ela é arruinada pela tentativa de viver segundo a opinião dos outros.
Simplicidade é o desapego para aquilo o que não é essencial na sua vida. A fome pelo “não essencial” é a chave para a maioria do descontentamento no mundo. É o constante esforço em querer brilhar para os outros que mata a felicidade e a alegria.
A natureza, em todas as suas formas, procura ensinar aos homens a grandeza da simplicidade. A saúde física é viver em harmonia com algumas leis simples e claramente definidas. Boa comida, exercícios, precauções simples que irão fazer maravilhas. Mas o homem se cansa das coisas simples, ele cede às tentações, ouve a sua boca ao invés de ouvir a natureza, e aí sofre.
Na hora da aflição e da tristeza, escapar para a natureza, deixando o mundo e a sociedade um pouco de lado e voltar às coisas simples e aos interesses que podemos ter deixado de lado, é uma grande força que podemos contar. O mundo fica menor mas cresce em valor e nobreza. As coisas simples têm um novo charme para nós e de repente nos damos conta de que estamos renunciando o que é maior e mais significativo em nossas vidas em busca de um fantasma.
A simplicidade é a característica que é mais difícil para simular. A assinatura que é mais difícil de imitar é aquela simples, mais individual e livre de floreios.
A vida cresce maravilhosamente quando olhamos para ela com simplicidade, quando podemos deixar de lado as preocupações triviais e tristezas e preocupações e falhas e dizer: “Elas não contam. Elas não são as coisas reais da vida, pois elas são apenas interrupções. Há algo dentro de mim, da minha individualidade, que faz com que todos esses problemas pareçam insignificantes para que eles possam ter qualquer domínio sobre mim.” Simplicidade é um “solo mental” onde o artifício, a mentira, a falsidade, a traição, o egoísmo, a baixa ambição – não podem crescer.
O homem cujo caráter é simples, é tão verdadeiro e honesto em face das intrigas e corrupções que acontecem em torno dele, que se torna surdo aos sussurros do mal, àqueles que a natureza suspeitaria antes mesmo de existir.
Para perceber a simplicidade é preciso começar a vivê-la, para começar a ver um dever é preciso começar a fazê-lo. Faça da simplicidade a tônica de sua vida e você vai ser grande. Não importa que sua vida possa se tornar mais humilde ou que mude seu status de influência. Hábitos simples, maneiras simples, necessidades simples, palavras simples, crenças simples são manifestações puras de uma mente e de um coração simples.
A simplicidade para o caráter é como a agulha de uma bússola, ela sabe apenas um ponto, o Norte, o seu ideal.
Fonte: Self Control, Its Kingship and Majesty de William George Jordan, 1905

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